domingo, 18 de setembro de 2016

Sobre não se render, rendendo-se.

À primeira vista essa afirmação não tem muita lógica, porém eis aqui um paradoxo que nos ajuda a prosseguir: render-se. Como? Simples.
A partir do momento em que nos rendemos àquilo que não podemos mudar, estamos nos dando uma chance de voltar a viver, ou seja, não nos rendemos à vontade de desistir, começamos a enxergar outros caminhos, novas possibilidades.
Aceitando a dor, a perda, a frustração, percebemos nossa impotência e pequenez diante da vida e aprendemos a seguir, damos sequência ao processo, o que já não é possível àquele que não curva-se diante de questões que nunca iremos entender. Pois se prestarmos bastante atenção, no fundo a pergunta a ser feita não é por quê e sim, pra quê?
Render-se aqui não é fraqueza, é sabedoria. Porque quando insistimos em remar contra essa grande maré que são os mistérios da vida, corremos o risco de nadar, nadar e morrer na praia.
Que a resiliência faça parte do nosso dia a dia e torne nossos ombros e corações mais leves. Que a gente carregue só aquilo que for necessário.
Quer um conselho? Renda-se!