domingo, 18 de setembro de 2016

Sobre não se render, rendendo-se.

À primeira vista essa afirmação não tem muita lógica, porém eis aqui um paradoxo que nos ajuda a prosseguir: render-se. Como? Simples.
A partir do momento em que nos rendemos àquilo que não podemos mudar, estamos nos dando uma chance de voltar a viver, ou seja, não nos rendemos à vontade de desistir, começamos a enxergar outros caminhos, novas possibilidades.
Aceitando a dor, a perda, a frustração, percebemos nossa impotência e pequenez diante da vida e aprendemos a seguir, damos sequência ao processo, o que já não é possível àquele que não curva-se diante de questões que nunca iremos entender. Pois se prestarmos bastante atenção, no fundo a pergunta a ser feita não é por quê e sim, pra quê?
Render-se aqui não é fraqueza, é sabedoria. Porque quando insistimos em remar contra essa grande maré que são os mistérios da vida, corremos o risco de nadar, nadar e morrer na praia.
Que a resiliência faça parte do nosso dia a dia e torne nossos ombros e corações mais leves. Que a gente carregue só aquilo que for necessário.
Quer um conselho? Renda-se!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Sobre Sabonetes

Somos todos sabonetes, feitos para caber em caixas.
Precisamos ser cheirosos e ter bom aspecto, mas acima de tudo, caber na caixa.
Mas, e quando dá "defeito"? Arruma-se uma caixa maior?
Não, claro que não! Porque caber na caixa é o que mantém tudo organizado. Não queremos desordem, queremos?
Então este sabonete que não coube na caixa é descartado, e vai para a "pilha dos sabonetes desajustados".
Lá, nessa pilha, há uma variedade tão maior, que se os fabricantes não estivessem tão ocupados, preocupados com as caixas, perceberiam que esses sabonetes são muito mais lucrativos do que aqueles das caixas.